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TREBILHADOURO Festival Internacional de Artes e Culturas                                                                                                                                      Reza a lenda que ali foram encontradas três bilhas de ouro, e essa descoberta, na linguagem popular, daria origem ao topónimo Trebilhadouro. No património edificado é possível antever tradições e costumes de outros tempos. A aldeia mantém a traça de um espaço que, durante séculos, se dedicou à agricultura e pastorícia. Esta paisagem agrícola e florestal ainda hoje é marcante na aldeia da freguesia de Rôge, em Vale de Cambra.

Há décadas desabitada, toda a aldeia mantém a tradicional casa rural portuguesa em pedra granítica, material que se estende aos caminhos. Perdida nas encostas da serra da Freita, o local é rodeado pela serra do Trebilhadouro e o Alto do Galinheiro, de onde se avista o mar e a ria de Aveiro. A 625 metros de altitude, Trebilhadouro perdeu o último morador na década de 80 do século passado.

O lugar ganhou visibilidade quando, em 2001 a 2009, serviu de palco ao Trebilhadouro - Festival Internacional de Artes e Culturas (7 edições). O evento foi organizado pela já extinta cooperativa de teatro Rasgo Crl. e pela Câmara Municipal de Vale de Cambra. Este Festival assumia como objetivo a preservação e reconstrução da aldeia.

Em 2004 foi realizado, com os arquitectos sem fronteiras, um worshop que reuniu arquitetos de todo o mundo.Com esta dinâmica, foi feita uma candidatura à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e o projecto, avaliado em 400 mil euros, obteve apoio comunitários e uma comparticipação autárquica na ordem dos 30 por cento, a qual, assim, veio a conseguir o apoio para a reconstrução do espaço público.

 

O slogan adotado, “Um Festival que Requalificou Uma Aldeia”, viu em 2014 a sua concretização.   

A Rasgo Theater Performing Art nasceu no Porto e fixou sede no Quartel do Bom Pastor em Arca D’Agua, no Porto. Como coletivo tinha como principal objetivo criar projetos artísticos originais performativos a partir de uma pesquisa teórica e prática

Apesar do seu primeiro projeto ser fruto da formação iniciada no Acto Instituto de Arte Dramática, com “O Enigma de Kaspar Hauser” a partir de Werner Herzog, o projeto foi apresentado apenas após a estreia da Rasgo, num projeto performativo realizado em parceria com a Associação de Arte Cambrense, “Rasgo Theater Performance Art”, realizado durante 3 noites num Pavilhão em Vale Pereiras, em Vale de Cambra. Só depois desse projeto é que foi estreado “O Enigma de Kaspar Hauser, nas Antigas Moagens Harmonia no Porto, apresentado posteriormente na Sala Preta da Esmae, no primeiro festival "Gesto Orelhudo" em Águeda e no Festival Onix em Roterdão.

A seguir apresenta "Forja" a partir de Stig Dagerman, nas Antigas Moagens Harmonia no Porto. E em parceria com a associação de estudantes da FEUP Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, forma o grupo de teatro “Engenharte” onde vem a apresentar, "Tisanas" de Ana Haterly, "Formigas" de Boris Vian e o “Louco” de Khalil Gibran. Em parceria como o Centro de Estudos Ferreira de Castro, apresenta, "A Selva" de Ferreira de Castro.

O projeto ganha visibilidade com o festival de artes e culturas tradicionais do mundo, com a organização do Trebilhadouro. Entretanto a Rasgo deixa de ser associação e passa a Cooperativa. Os últimos dois anos do Trebilhadouro com prejuízos orçamentais e o fecho do Quartel do Bom Pastor, como residência e centro nevrálgico de muitas companhias do Porto, ditam o fim deste coletivo.

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